A Venezuela da Europa
Numa recente entrevista de rua, uma senhora reformada, quando questionada sobre o seu próximo sentido de voto, respondeu prontamente que por ela não se muda nada, invocando a sua condição de retirada da vida laboral activa para não haver necessidade de mudanças.
Interrogada acerca dos escândalos de corrupção que têm manchado o actual executivo, desculpou-se de que nos outros países existe o mesmo problema e apontou aos mais jovens para que sejam eles a insurgir-se contra este estado de coisas.
Esta criatura não aparece como um caso isolado. Uma percentagem significativa dos pensionistas, se não mesmo a larga maioria, pensa exactamente o mesmo, ou seja, estão conformados com o Estado socialista e nem lhes passa pela cabeça mudar o seu sentido de voto.
Trata-se de um universo de mais de três milhões de almas e no qual o PS tem sempre pescado, oferecendo umas migalhas que, apesar de pouco significativas, revelam-se como atractivas para quem vive remediado.
Junta-se-lhe a quase totalidade dos subsídio-dependentes, que deverão rondar mais de três centenas de milhar, naturalmente dispostos a não abdicarem de um salário para o qual não contribuíram com o seu trabalho.
E temos ainda os funcionário públicos, mais de 700 mil, a quem o Estado, generosamente, lhes confere um vencimento e condições acima das correspondentes às do sector privado, pelo que a tentação de votar no polvo socialista é........
© Jornal SOL
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