Abril abriu, Novembro defendeu
As comemorações dos 50 anos do 25 de Novembro deram origem a uma verdadeira guerra de flores. No 25 de Abril, recordava Salgueiro Maia, distribuíram-se cravos brancos e vermelhos; os fotógrafos destacaram os vermelhos, porque essa era a cor da esquerda.
Não foi por isso — ou não só por isso — que a esquerda se auto-proclamou herdeira exclusiva do 25 de Abril. A essa mística muito ajudou a ausência prolongada de alguma direita em celebrar, de forma desempoeirada, o fim de uma ditadura. Criou-se assim o equívoco de que o 25 de Abril é coutada da esquerda, quando é, na verdade, uma data de todos os democratas.
Mas se alguma direita se demitiu do 25 de Abril, alguma esquerda tem rejeitado o 25 de Novembro. Um sem o outro não existe. O 25 de Novembro não existiria sem o 25 de Abril — mas também é verdade que o 25 de Abril não........





















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