Menos edifícios, mais influência: diplomatas para a era da inteligência artificial
A rede diplomática portuguesa foi desenhada para um mundo de telegramas e papel selado, mas opera num tempo de crises rápidas e híbridas. Hoje, a relevância do Ministério dos Negócios Estrangeiros não se mede pelos metros quadrados do seu imobiliário, mas pela capacidade de antecipar sinais e defender interesses num espaço europeu, lusófono e atlântico que voltou a ser central.
Uma reforma portuguesa deve começar em Lisboa, no cérebro do sistema. Durante séculos acumulámos telegramas, notas e análises sobre dezenas de países e temas. Digitalizados e organizados com rigor, esses arquivos podem alimentar sistemas de inteligência artificial (IA), capazes de reconhecer padrões e antecipar riscos. A máquina trabalha a massa documental; o diplomata interpreta, duvida e decide. Em vez das pilhas de emails de rotina e de poucos produtos analíticos que orientem decisões políticas. Nalguns casos, acrescentando pouco ou nada ao que a comunicação social especializada e internacional transmite em tempo real.
Falta também assumir a frente política tecnológica. Os resultados efetivos da política externa já não se decidem apenas em cimeiras entre........





















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