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O Estado devia ser uma pessoa de bem na Inapa

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26.07.2024

Este texto é sobre a situação da Inapa. Mas quero começar por afirmar dois princípios básicos para os investidores em ações:

– Os investimentos em ações têm risco e é sempre possível – e até expectável – que algumas empresas das quais somos acionistas falhem completamente e essas ações venham a valer zero;

– A diversificação como estratégia de mitigação do risco é essencial para quem quer ter uma carreira longa e proveitosa como investidor em ações.

Estes dois princípios implicam que qualquer investidor que tenha um portfolio desequilibrado devido a uma posição desproporcionada e excessiva numa empresa como por exemplo a Inapa deverá assumir a sua responsabilidade.

Dito isto, a minha opinião, como Certified European Financial Analyst e Presidente da Associação Portuguesa de Acionistas Minoritários, é que a situação grave da Inapa deveria ter sido evitada e, se possível, deve ser revertida.

Vou resumir 4 razões principais para esta opinião.

1ª Razão: a Dívida Líquida da Inapa está no mínimo desde 2006

A evolução da dívida líquida da Inapa desde 1998, que é desde que disponho de dados, evidencia uma tendência descendente inequívoca e só foi interrompida pela consolidação da alemã Papyrus, em 2019. Mais um ano ou dois de redução da dívida líquida e a Inapa estaria com a menor dívida financeira de pelo menos 26 anos. Portanto a Inapa não é uma situação de endividamento crónico e crescente. Pelo contrário, a empresa tem feito um esforço notável de redução da sua dívida líquida, tendo diminuído 130 M€ nos últimos quatro anos, o que dá uma média de 32,5 M€/ano.

Uma empresa que tem a capacidade de reduzir a sua dívida líquida........

© Jornal Económico


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