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Os nossos muros ou a lembrança de Jorge Sampaio

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Todos os Natais, os cristãos acreditam mais na sua fé e todos, cristãos, outros crentes e não crentes, vivem a família, o encontro, o reencontro, a partilha possível para cada uma e cada um. Diferentes. Que não há duas pessoas iguais. E muitos de nós recordam - na sua solidão ou no meio dos abraços e beijos de Natal - aquelas e aqueles que não têm Natal, nunca tiveram e nunca terão. Porque a miséria, a guerra, a morte, a doença ou a distância dos seus entes queridos toldam de uma tristeza, saudade, melancolia, dor, a alegria, mesmo se só possível, de um tempo de esperança. As televisões recordam os que sofrem na Ucrânia, no Médio Oriente, no Sudão. Mais raramente, o s que nasceram, vivem e morrem sem nunca ninguém saber que existem e quem são. Ainda assim, no Natal há quem pare um minuto para não se esquecer desses milhares de milhões sem Natal, ou milhões para quem o Natal em guerra passou a ser um modo de viver o Natal. Este ano, não sei porquê, lembrei-me de Jorge Sampaio. Estávamos em 1989. E concorríamos os........

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