Criatividade territorial, espaço-rede de lugares e multilocalidade
No espaço-tempo em que vivemos, em plena era digital, os locais e os lugares diversificam-se e multiplicam-se. São os locais de residência (2ª e 3ª residências), os locais de trabalho (presencial, teletrabalho, espaços de coworking, tiers-lieux), os lugares de recreio, lazer e visitação, os locais de compras e consumo, os locais do espaço público, os locais para as práticas físicas e desportivas, os lugares de culto e peregrinação, os locais de manifestação artística e cultural, os lugares de realidade aumentada, virtual e imersiva, os lugares e as plataformas de ensino e formação, os locais de fuga, etc. Este enunciado significa que podemos viver em vários lugares e que esta topoligamia parece remeter-nos para uma antropologia da multilocalidade ou, se quisermos, para um espaço-rede de lugares, uns mais espaços de lugares fixos, outros mais espaço de lugares móveis ou fluxos.
De um ponto de vista mais analítico e funcional falta, ainda, um propósito e um sentido à tipologia dos lugares enunciados e à dialética dos espaços de lugares e fluxos, ou seja, faltam as hiperligações entre os diversos lugares e um storytelling adequado à sua estratégia de desenvolvimento. E sabemos como esta estratégia........
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