FeLiCidade, ataques racistas e “whataboutismo”
No fim de semana de 4 e 5 de maio, Lisboa viveu, no Centro Cultural de Belém, um dos eventos mais bonitos e mais plenos de significado de que tenho memória nos últimos anos nesta cidade. Presto a minha homenagem à Aida Tavares e à equipa que com ela idealizou o festival FeLiCidade, Anabela Mota Ribeiro, André Teodósio, Gonçalo Riscado, Nádia Yracema, Sara Carinhas, Tiago Bartolomeu Costa e Madalena Wallenstein. Este evento não foi apenas um momento cultural da cidade de Lisboa. Foi uma celebração da diversidade linguística e cultural, do poder da arte e da literatura enquanto ferramentas cruciais para a criação e desenvolvimento das democracias, das artes performativas como instrumento para nos despertar, da capacidade da palavra para nos fazer parar e refletir. Foi um convite ao pensamento. Foi uma festa da igualdade pela diversidade. Foi mostrar que o Centro Cultural de Belém é um espaço público aberto a todos.
À Aida Tavares dissemos e dizemos que queremos mais no ano que vem. Que queremos celebrar a língua portuguesa, a liberdade e a arte todos os anos desta forma. Dizer-lhe “parabéns” não é suficiente. É preciso dizer obrigado muitas vezes.
A complexidade da arte é a melhor resposta à brutalidade do racismo e do crescimento da extrema-direita. Sábado à noite, enquanto festejávamos a liberdade no CCB, lá fora duas........
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