Então, o Orçamento não era pipi?
O exercício da governação implica coerência e transparência nas prioridades. Quando o Orçamento do Estado para 2024 foi apresentado e discutido, Luís Montenegro afirmou que se tratava de um documento “pipi” (sic), “bem apresentadinho e muito betinho que parece que faz, mas não faz”, por ter “impostos máximos e serviços mínimos”. Esta era a opinião do atual primeiro-ministro sobre o Orçamento do Estado que o seu partido, então na oposição, criticou e rejeitou, como seria de esperar face à sua visão alternativa para o país.
Viveu-se, na altura, o estranho calendário que levou a que o Orçamento do Estado fosse apresentado e aprovado com a já anunciada demissão do Governo. Neste momento, há um novo Governo, ao qual desejo as maiores felicidades, o que significa que há um novo olhar sobre o país e opções muito diferentes das que estão plasmadas no OE de 2024. É, pois, incompreensível que, estando-se ainda no primeiro semestre do ano, o Governo AD possa governar sem apresentar um orçamento retificativo.
A AD apresentou-se a eleições com promessas, nalguns casos bastante........
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