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A condenação de Cláudia Simões tem uma assinatura que não é só da juíza

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02.07.2024

Dia 2 de agosto de 2020, o Chega organizou uma manifestação para dizer que não há racismo estrutural em Portugal, em resposta a todos os que se pronunciam sobre as evidências claras de que existe e é grave. Passados quatro anos não só o racismo estrutural continua a existir, como este partido tem sido o mais ativo contribuinte para a legitimação do discurso racista em Portugal, seguindo os passos dos seus parceiros de eleição na Europa e noutros países. Fazem-no sem subtilezas, em todos os seus discursos anti-imigração, na absoluta falta de empatia pelos estrangeiros, na retórica dos “nós” e dos “eles”. Recentemente, em entrevista ao Bernardo Ferrão, afirmei que a rede social X é, em grande medida, um dos principais veículos usados por membros do Chega para a disseminação de falsidades e discurso de ódio racista. Claro que se indignaram e espalharam mais umas quantas mentirolas (sobre mim, as mais suaves foram feitas com assinatura, as que configuram crime de injúria e difamação protegidas pelo anonimato cobarde típica destes neo-fascistas). Mas basta ver como, nos comentários às suas publicações, aceitam sem comentar, sem discutir ou questionar, todas as mensagens sobre “repatriamento”, sobre associação entre criminalidade e imigração já amplamente refutadas, sobre as paranoicas teorias da substituição. Legitimam, pelo silêncio, todas as alarvidades e declarações criminosas dos seus apoiantes.

Num estudo de 2023 sobre a linguagem das Fake News, os........

© Expresso


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