A burca da deputada do Chega
Vox em Espanha e Chega em Portugal, a mesma imagem nesta campanha para as eleições europeias: de um lado uma mulher de burca, do outro a cara de uma deputada, com a mensagem sobre a Europa que queremos e o discurso islamofóbico explícito. Para quem ainda tenha dúvidas de que votar no Chega é votar no racismo, na mentira, na propagação de falsos medos, na xenofobia e na intolerância, basta olhar para este tipo de mensagem e para os seus efeitos de contaminação nos partidos supostamente moderados de direita.
A deputada Rita Matias e alguns dos seus colegas de bancada têm sido dos principais protagonistas do pior do populismo. Os episódios são mais que muitos. Esta é a deputada que diz estar preocupada com as mulheres que usam burca, mas que afirma que há direitos que os homens têm, mas que ela rejeita, porque os movimentos feministas são “antimulheres”. É a deputada que está preocupada com as mulheres que usam burca em países dominados pelo fundamentalismo, mas não questiona o seu próprio fundamentalismo ao defender que uma criança de 10 anos violada deve estar impedida de interromper uma gravidez. É a deputada que diz estar próxima dos jovens, mas que leva para o Parlamento informações falsas sobre as alterações climáticas que tão justamente mobilizam os jovens. É a deputada que prefere discutir instalações sanitárias com portas fechadas a direitos humanos que ainda não têm as portas abertas.
Podia tratar-se........
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