Úrsula Von der Leyen voltou a ser eleita presidente da Comissão Europeia, desta vez com uma maioria ainda maior. A boa notícia é que há um acordo amplo sobre os compromissos e as cooperações que devem existir entre os principais partidos europeus. A má notícia é até onde vai, nesse acordo, o entendimento sobre o que são as competências da União Europeia. Vai longe demais.

A meio do discurso, depois de discorrer sobre um dos temas que mais preocupa um grande número de europeus, o custo e acesso à habitação, a Presidente da Comissão Europeia anunciou que, pela primeira vez, ia nomear um Comissário Europeu que teria sob sua responsabilidade, precisamente, o tema da habitação. Confrontada com a evidência de que essa não é uma matéria que os Tratados tenham especificamente incluído nas competências da União Europeia, nem uma que o princípio da subsidiariedade indique que seja melhor tratada a nível europeu do que nacional, a presidente da Comissão Europeia declarou que podia ser assim, mas que “se é importante para os europeus, é importante para a Europa”. A justificação: “alguns podem dizer que não devemos nos envolver. Mas eu quero que esta Comissão apoie as pessoas onde mais importa”.

A questão que aqui se coloca não é sobre a bondade de contribuir para resolver um problema que os europeus têm. Nem se........

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