Qual é o masculino de “dona de casa”? — um apontamento feminista em cama de casal, com tempero de privilégio
Tem-se falado muito de conservadorismo, do “lugar da mulher”, dos “malefícios” que o Feminismo traz às mulheres que têm todo o gosto em ser donas de casas. Ora, o Feminismo não traz limitações, mas sim a liberdade de opções. Só por eu querer ser dona da casa ao invés de dona de casa, não quer dizer que eu seja contra a existência de “donas de casa”. Aliás, nem posso ser contra ou a favor que só interfere com a vida dos outros, pois não se trata da minha vida nem da minha liberdade de opções.
Mesmo assim, há que vincar que ser “dona de casa” — falaremos desta designação seguidamente — não é incongruente com ser feminista. É possível ser-se feminista e dona de casa. Veremos como.
Quando se fala do lugar tradicional da mulher, lembro-me sempre deste dizer popular, tantas vezes reproduzido em azulejos: “Cá em casa manda ela e nela mando eu”. Se formos aos dicionários mais populares, lemos definições que apoiam esta submissão, mas de forma monetária:
“dona de casa: mulher sem profissão remunerada, que se ocupa da administração da sua casa; doméstica” — infopédia e priberam
Ora, ser “dona de casa” não deveria significar “sem profissão remunerada”, já que muitas vezes é mais do que uma profissão: a mulher neste contexto é o alicerce familiar, especialmente em famílias numerosas. Esta opção de vida deve ser sempre uma decisão em........© Expresso
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