O dilema da vida online: viver ou encenar?
Ao vivermos para satisfazer o público, podemos nos alienar de nossa própria liberdade, transformando-nos em meros objetos, em vez de sujeitos de nossa existência
Ainda que alguns poucos resistam, parece haver na atualidade uma tendência – e até mesmo uma expectativa – de que todos nós compartilhemos nossas vidas nas redes sociais. Se visto por um lado, isso é benéfico, pois nos permite fortalecer conexões e interagir com uma variedade de pessoas. No entanto, do ponto de vista filosófico, essa tendência pode ser vista como um afastamento da vida autêntica, na qual corremos o risco de alterar nosso foco: em vez de vivermos o prazer da experiência, passamos a nos preocupar com a forma como ela será percebida pelos outros.
Na busca por gratificação imediata – os likes, comentários e compartilhamentos – muito de nós, pessoas comuns, nos tornamos personagens de um espetáculo virtual. Nesse palco, nossa intimidade se transforma em performance........
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