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Plano Real completa 30 anos: valeu a pena?

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29.06.2024

Evolução dos principais indicadores econômicos nos 30 anos do Plano Real

A maioria dos leitores deste jornal possivelmente não conhece o que foi o inferno inflacionário que precedeu o Plano Real, de 1º de julho de 1994. A inflação anual rondava, em média, os 2 mil por cento. Para se ter ideia mais clara disso, pense numa inflação de quase 1% ao dia ou de 30% ao mês. O poder de compra dos salários se desmanchava entre o recebimento do cheque salarial e a próxima compra no supermercado. O respeito ao valor do trabalho havia evaporado. Só os aplicadores de fundos ganhavam. O Brasil estava dividido entre os que tinham acesso à correção monetária dos seus ativos e recebimentos, de um lado, e os que pagavam o pior tipo de imposto sobre seus ganhos: o imposto da corrosão inflacionária contínua.


O Plano Real, determinado pelo presidente Itamar Franco e conduzido pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, mudou a realidade tormentosa da hiperinflação brasileira. Sem o mau artifício de um congelamento de preços ou salários, o poder de compra na nova moeda – o real – implantado em julho de 1994, convergiu para uma razoável estabilidade. Persistiu uma inflação residual, em parte porque o mecanismo da correção anual de contratos e salários foi mantido, realimentando a inflação de um dígito anual. Quase nada, entretanto, em relação à........

© Estado de Minas


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