Orçamento secreto 2.0 e distorção do sistema eleitoral
Plenário da Câmara: Desde sábado (6/7) e até as eleições de outubro, deputados e senadores não podem mais receber valores empenhados no Orçamento
O governo Bolsonaro inaugurou um novo nível de submissão à pressão do Congresso Nacional à sua sanha desvairada por recursos: o orçamento secreto. É uma coisa tão absurda e escandalosa que demonstra a completa falta de limites de alguns membros do Parlamento em busca de dinheiro para finalidades pouco republicadas.
E eu explico: não estou falando necessariamente de corrupção, mas de abuso e concentração de poder. O orçamento secreto nada mais é do um mecanismo de centralização da destinação de verbas por parlamentares sem a devida prestação de contas. E pior: tudo concentrado nas mãos de uns poucos.
Se o Congresso já tinha a “casta alta” e a “casta baixa”, o orçamento secreto inaugurou a “casta decisora” e a “casta inútil”, relegando centenas de parlamentares e meras peças figurativas. Quer um exemplo grotesco? Recentemente a Deputada Federal Adriana Ventura (Novo – SP) teve que ir ao plenário para reclamar que se estava votando algo que não foi distribuído aos parlamentares!
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Você não entendeu errado: alguns parlamentares decidem e colocam na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados para ser votado um projeto que não foi submetido à apreciação prévia dos Deputados Federais! E se não votar já sabe... uma emenda ou outra pode acabar........
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