A Bicicleta, saúde e consciência política
Não há prazer e vida fácil sem sacrifícios. Equilíbrio é o ponto comum entre caminhar sobre dois pés e ganhar o mundo sobre duas rodas
Foi muito cedo que a bicicleta chegou em minha vida. Durante semanas, namorei uma Caloi nas cores vermelha e branca na vitrine da loja do Sr. Alcides Bicalho, nosso vizinho de muro, em Ibiá.
Sonhei com ela pedalando nas nuvens e desbravando estradas mundo afora. Acordei no dia 25 de dezembro com ela embrulhada, ao lado da árvore de Natal. Minha vida nunca mais seria a mesma.
Com ela vieram ralados nos joelhos, cotovelos e algumas cicatrizes. A bicicleta, ainda bem cedo me ensinou que a terra não é plana. Subidas e descidas fazem parte do caminho. Não há prazer e vida fácil sem sacrifícios. Equilíbrio é o ponto comum entre caminhar sobre dois pés e ganhar o mundo sobre duas rodas.
O primeiro desafio foi tirar uma das rodinhas. Depois veio a segunda. Pronto! Eu estava livre no espaço e apto a enfrentar a Rua do Cascalho. Plana e aparentemente perfeita para os neófitos na arte de pedalar, se não fosse pelo cascalho. Treino para as muitas pedras pelo caminho a serem enfrentadas.
Vencer os 17 km entre a fazenda do meu avô e Ibiá foi o grande desafio dos meus primeiros dias sobre........
© Estado de Minas
visit website