O futuro na ponta dos dedos
Democracias em risco: a promessa não cumprida da igualdade
Após a reabertura democrática marcada pela promulgação da Constituição de 1988, brasileiras e brasileiros foram 17 vezes às urnas, oito das quais para escolher a representação do poder no âmbito das cidades– prefeituras e câmaras municipais.
Entre 1989 - primeira eleição presidencial após o golpe militar de 1964 - e o pleito de 2022, o comparecimento às urnas em todo o país declinou 9 pontos percentuais - de 88,07% para 79,07%. Quando, há dois anos, esse eleitorado continental – de quase 159 milhões de pessoas - foi chamado a eleger presidente, governadores, deputados estaduais, federais e senadores, mulheres participaram mais do que homens – 80,2% versus 78,14% -; jovens de 18 anos (86,38%) comparecem mais do que eleitores de 70 a 74 anos (61%); e eleitores com formação universitária votaram mais do que eleitores analfabetos (88,14% versus 47,92%).
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Se comparada a participação político eleitoral brasileira de 2022 ao pleito de 2020 dos Estados Unidos, o Brasil ainda mantém taxas robustas: em 2020, segundo Bipartisan Policy Center cerca de 244 milhões de americanos estavam aptos a votar, dos quais 66% - dois terços – foram às urnas.
Aquela eleição registrou o mais alto comparecimento desde 1900. Há quem argumente, que o sufrágio obrigatório no Brasil seria o que de fato sustenta as taxas de participação mais altas do que na média do mundo. Não há estudos que comprovem tal........
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