Na derrota, só cabem culpados
A derrota é parte da guerra e da política
“Estou sempre em campanha nas fronteiras do bem e do mal”, escreveu em 1692 Giovanni Paolo Marana, na obra ficcional “O quinto volume de cartas escritas por um espião turco que viveu cinco e quarenta anos sem ser descoberto em Paris”. Foi a primeira vez que se tem notícia, do termo campanha (campaign) – derivado do francês “campagne” – campo aberto – emergir na língua inglesa como verbo (campaigning). Não é difícil entender por que o termo campanha foi apropriado para fins militares e, na sequência, empregado para as disputas políticas. Nas palavras de um revolucionário chinês: “Política é a guerra sem sangue, enquanto a guerra é a política com sangue”.
A derrota é parte da guerra e da política. Enquanto estadistas buscam compreender as suas razões e aprender com ela; os fracos buscam culpados. Pouco a estranhar as refregas entre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e Alexandre Ramagem (PL), candidato de Jair Bolsonaro derrotado, em primeiro turno, no Rio de Janeiro. Depois de ter a sua gestão classificada por Ramagem como “medíocre” durante o último debate de campanha, promovido pela Globo, Castro, que o apoiou, deu o troco: disse que Ramagem nada conhecia do Rio.
Aliados – ou ex-aliados –estão às turras não apenas em terras fluminenses. Em Belo Horizonte, alguns expoentes vinculados à campanha do deputado........
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