Uma das afirmações que se faz, para tentarem demonstrar que os cristãos católicos (e não só) distorceram as intenções do Cristianismo primitivo, é a que diz que no começo havia uma Igreja carismática e dinâmica com três ministérios principais: “apóstolos”, “profetas” e “mestres”. Afirma-se ainda que, com a ambição do poder, se acabou por colocar de lado tal Igreja em troca de uma outra hierárquica e estática, ao redor, já não de ministérios, mas de três cargos essenciais que excluíam os leigos: “bispos”, “presbíteros” e “diáconos”.

Desde logo, há que dizer que a própria hierarquia (a ler-se no sentido de estrutura segundo uma organicidade sagrada e pensada para se viver no amor) é uma realidade carismática e que, desde o seu começo, a Igreja foi simultaneamente carismática e hierárquica.

Em........

© Diário do Minho