Polícias. Gerir as expetativas de um vulcão em risco de erupção
Uma pessoa pode enganar muita gente durante um certo tempo; pode até mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não será possível enganar todos para sempre.” Poucos não conhecem esta frase atribuída a Abraham Lincoln, 16.º presidente dos Estados Unidos, libertador dos escravos em 1863.
Este conselho tem percorrido a História e nunca deixou de ser atual no que diz respeito a uma arma crucial na política: a gestão das expetativas.
Ora quando se lê as notícias da manhã desta quinta-feira sobre a ameaça de “movimentos inorgânicos” de polícias se manifestarem no dia 25 de abril em frente à Assembleia da República, boicotarem operações de segurança e voltar (atenção com o “voltar”, pois admitem que já o fizeram) a usar baixas fraudulentas, caso não haja um acordo com o Governo até 10 de maio, em relação ao pagamento de um subsídios de risco equiparado ao da Polícia Judiciária (PJ), é fácil concluir que já estamos na última fase do conselho de Lincoln.
Não duvidando de que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, tem definidos os critérios e o calendário para este pagamento com o aval do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, é bom que os explique o mais cedo possível - já na reunião do próximo dia 22 com os sindicatos da PSP e associações da GNR.
No comunicado oficial que chegou às redações não é isso, porém, que se advinha das intenções da........
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