Imigrantes e um humanismo hipócrita
No momento em que escrevo sei que a nossa jornalista Amanda Lima está junto à Igreja dos Anjos, freguesia de Arroios (PSD) onde nos últimos meses se foram acumulando tendas (cerca de 90), no jardim e passeios públicos, onde vivem imigrantes sem abrigo, principalmente africanos de países como Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau, Marrocos, Tunísia e Bangladesh. Disse vivem, mas na realidade sobrevivem em condições desumanas e insalubres. De acordo com a informação que conseguimos, até ao momento, recolher, a situação destas pessoas, todos homens, varia entre os que estão com a situação regularizada (em menor número), os que aguardam decisão sobre o seu pedido de autorização de residência, os que já viram recusado o seu pedido e recorreram e aqueles que recorreram, perderam e foram notificados para sair do país.
Sabemos que desde o início da semana está uma equipa multidisciplinar no terreno que envolve, entre outros, a Câmara Municipal de Lisboa, a Agência Integrada para as Migrações e Asilo (AIMA), a Junta de Freguesia e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Polícia Municipal e a PSP, para procurar soluções que permitam, por um lado, transferir aquelas pessoas para um local em condições e, por outro, devolver a rua, o jardim e o átrio da igreja (também ocupado) a todos.
Esta situação não é única, como sublinhou a Comunidade Vida e Paz, uma das maiores organizações de apoio aos sem-abrigo, à nossa........
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