Google mata a Web para ser um “paizinho sabe tudo”. Só que não
A empresa que até há alguns anos estava obcecada em ser sinónimo de “internet” parece agora tão apavorada com a possibilidade de perder a guerra da Inteligência Artificial (IA) generativa que até põe em risco o seu maior produto e a forma como o mundo consulta informação. Falo da Google e da sua aposta, anunciada na semana passada, em gerar os resultados das buscas dos utilizadores em IA no que a empresa chama Search Generative Experience (SGE).
A partir de agora, nos EUA, e brevemente em todo o mundo, quem pesquisa no Google recebe respostas criadas pelos modelos de IA Gemini, que incluem desde sugestões de compras a locais de interesse, bem como composições completas em texto “original”. Acaba-se, pelo menos em primeiro plano, com a habitual listagem de links para páginas Web terceiras.
A mudança é de tal forma profunda que a Google passou a incluir, na sua página inicial, uma secção autónoma Web (encontra-a clicando no menu “hambúrguer” - os três pontinhos) que permite regressar ao tradicional motor de busca. Já pode experimentar, se quiser.
Já na nova utilização “por defeito”, cria-se uma “camada” de IA generativa entre o utilizador e as respostas fornecidas. Passa assim, pela primeira vez, a ser correta a afirmação comum “Perguntar ao Google”. Até hoje, podíamos mais ou menos dizer que o Google não sabia nada, apenas nos dava as pistas para encontrar respostas; a partir de agora o paradigma........
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