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Defender o indefensável porque “a ideia era boa”

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04.06.2024

Mesmo ao fim de mais de 20 anos de jornalismo - e após uns 36 de estar acordado para a realidade, porque foi pr'aí aos 16 que me passou qualquer ilusão de que as ideologias socialistas/comunistas poderiam alguma vez funcionar (ao contrário de muita gente, aprendi alguma economia, por um lado, e, por outro, fiquei adulto) - não deixa de me surpreender a aparente capacidade infinita de certas figuras públicas para darem as cambalhotas intelectuais que forem precisas de modo a justificarem aquilo que, elas próprias, dizem defender até à morte: a dignidade humana. Refiro-me, neste caso - são tantos à escolha... -, ao modo como os imigrantes em Portugal passaram a ser tratados após a extinção do SEF, da forma incompetente como foi feita pelos Governos de António Costa e com o apoio da esquerda parlamentar.

Convém aliás lembrar que todo o processo de desmantelamento do SEF e criação da AIMA - e consequente passagem das competências policiais para PSP e GNR - demorou vários meses, com sucessivos adiamentos, mas que tal não significou um resultado mais organizado, antes pelo contrário.

Enquanto o Governo não se decidia o mundo não parou, e a própria Administração Pública entrou em natural confusão. Hoje, são os anteriores governantes que acusam o SEF de ter deixado “quase 400 mil processos pendentes para a AIMA”. Não tenho qualquer inside information da parte dos antigos serviços, mas imagino o que terá sido trabalhar ali naqueles meses, não sabendo o que iria ser o dia de amanhã - quando afinal iria ser transferido e para onde, para fazer o quê... Ou se, sequer, seria transferido. É de admirar que ao longo desse........

© Diário de Notícias


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