Não pode ser desconhecido de ninguém, desde logo dos governos e composições parlamentares da última década e meia, que a globalidade dos trabalhadores do setor público tem vindo a perder poder de compra e de forma acentuada. No entanto, esta diminuição global, de 11,7%, é francamente diferenciada de acordo com subsetores e carreiras específicos e, também, aquela que foi sendo a capacidade de reivindicação, perturbação pública e pressão política de diferentes grupos de trabalhadores.

O melhor exemplo de ilustração desta realidade que conheço é o oferecido publicamente por Eugénio Rosa, economista credenciado, conhecedor da realidade laboral portuguesa e antigo deputado pelo PCP (eugeniorosa.com). Na altura em que um novo governo entra em funções, com um pacote de promessas, partilhadas aliás, com destinatários conhecidos, seria bom que atendesse não apenas ao ruído, mas também aos dados. E assumisse claramente que fará escolhas e, nessas escolhas, privilegia uns e repudia........

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