4 minutos de Inteligência Artificial
Vivemos tempos de triunfo de todos os maniqueísmos. Dir-se-ia que não há nenhum tema que entre na chamada discussão pública sem que os “mensageiros” das ideias dominantes desenhem uma linha, supostamente clara e indiscutível, a separar as avaliações “justas” e “injustas” desse mesmo tema. A começar pelos resultados do futebol, como bem sabemos.
Algo do mesmo género está a acontecer com a súbita atualidade da Inteligência Artificial (IA), todos os dias citada como um passo mais para o apocalipse dos humanos. Entenda-se: podemos ser suficientemente prudentes (inteligentes, é o caso) para não minimizarmos, muito menos negarmos, os fenómenos perversos e inquietantes que a IA pode favorecer - para nos ficarmos por um sintoma recente, porventura dos mais benignos, lembremos que a possível manipulação de imagens de arquivo de atores foi uma questão central nos meses de greve que pontuaram a vida da comunidade de Hollywood. Resta saber se a consciência de tais perigos ganha alguma coisa com a redução da história da IA a uma agitação simplista, apenas capaz de alimentar as formas correntes de histeria........
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