Acordai! Mensagem de Lopes Graça e de Eduardp Dionísio
Poema de José Gomes Ferreira (1901-1985) e que integra as Canções Heróicas, de Fernando Lopes-Graça (1906-1994), este não é apenas um poema político, de convocação dos homens adormecidos que vão embalando a dor “dos silêncios vis”; nem é sequer - por muito que o seja também - um grito meramente conotado com a luta entre o fascismo e as correntes socialistas no quadro geral do combate ideológico entre o nazi-fascismo, ou os totalitarismos de quaisquer espécie, e as correntes democratas e sociais progressistas. O poema e a música estão noutro plano de intervenção, ou procuram ser - hoje ainda - uma caixa de ressonância dos anseios colectivos, mundiais, dos povos humilhados pelos tiranos de ontem, de hoje e de sempre. O que o sujeito da enunciação pretende é fazer com que as almas viris arranquem a flor “que dorme na raiz”, num gesto que firma a virilidade de um gesto - arrancar, eis o verbo - a par da atenção prestada à flor. Nenhum acto viril é digno se a sensibilidade, pode-se mesmo dizer, a ternura, a compreensão, são palavras e sentimentos divorciados do acto de arrancar ou de despertar da modorra dos dias a nossa consciência alienada. O poema e a música - que deve ser sempre entoada à capela, como quis Lopes-Graça em concordância com o militarismo de José Gomes Ferreira - são, na história da poesia e da composição musical-popular em língua portuguesa um desses momentos raros em que é essencial pesar de novo as palavras. Cantá-las com peso. Com a........





















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