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“Conselhos minhotos para o novo ano”

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Na última semana do ano, entre balanços e previsões, há quem prefira não confiar apenas nos números, nos relatórios económicos ou nas aplicações de meteorologia. No Minho, como em muitas regiões do país, o novo ano também continua a ser preparado com base em conselhos antigos, transmitidos oralmente. Trata-se de conselhos tradicionais, alguns deles baseados nos Apontamentos, de José da Silva Vieira (1889), nomeadamente de Braga e de Barcelos, dos séculos XIX e XX, havendo ainda hoje muitos que deles se recordarão.
O frio que tem marcado os últimos dias traz consigo também a tradição de matar o porco. Assim, as mulheres grávidas devem evitar colocar as mãos nas “bochechas do porco” ou “boches do porco”. Se o fizerem e, de seguida, coçarem qualquer parte do corpo, o bebé que nascer trará um sinal no local onde a mãe colocou as mãos untadas com o sangue do porco. É um sinal de que, garantidamente, o bebé não gostará de ter no seu corpo. Ainda relativamente às mulheres grávidas, aconselha-se que não tragam à cintura uma chave de qualquer habitação, pois, se o fizerem, as crianças nascerão com um dos lábios rachado.
No próximo ano, se tiver dúvidas quanto às previsões meteorológicas, poderá sempre seguir os “conselhos” que alguns animais nos transmitem. Assim, se vir as galinhas a deitarem-se no chão e a catar os piolhos, isso significa que haverá chuva em breve; do mesmo modo, se as galinhas estiverem a dormir em pé, apenas com uma perna no chão, isso também indica chuva próxima. Quanto aos galos, se cantarem muito durante o dia, é sinal de que também virá chuva em breve.
Se for mais apreciador de sol, deve observar a couve-galega ou a couve-nabiça:........

© Correio do Minho