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“Presidenciais”

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O país tem assistido ao encadeamento de debates presidenciais entre os candidatos à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.
Não é novidade para ninguém que a fadiga eleitoral comece a causar os seus danos, uma vez que a ida às urnas deixou de ser um regular, mas sincopado, ato de cidadania para passar a ser um contínuo gerúndio, ao ponto de termos deixado de votar para passarmos a estar votando.
Para que se tenha uma noção, o atual Presidente da República “testemunhou” 10 eleições durante o seu mandato, destacando-se as 3 eleições regionais na Região Autónoma da Madeira e as 3 eleições para a Assembleia da República. Um afã eleitoral que não tem precedentes no meio século da democracia portuguesa. Mesmo nas fases mais atribuladas do período pós-revolucionário, não houve um presidente que tivesse assistido a tantos atos eleitorais.

Ainda assim, os números das audiências televisivas anunciam bons resultados, sendo uma clara demonstração que o país compreende bem o que está em causa.
E o que está em causa, num cenário de relevante transformação política, é a capacidade de termos na mais alta instância política da República um representante que cuide de reparar a fragmen- tação do vaso democrático.
A última década foi particularmente exigente para a constância e regular funcionamento das instituições. Tivemos, em 2015, a eclosão de um........

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