“Comemorar um 25 de Novembro que...”
A direita salazarista de hoje, barricada no Chega, no CDS e em parte do PSD, promoveu um programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Novembro, “à semelhança do 25 de Abril”, na tentativa de apoucar a data gloriosa que devolveu a liberdade, a democracia e o desenvolvimento aos portugueses, como se fosse possível equiparar as duas datas incomparáveis.
Como alguém escreveu, “é uma pantomina de ignorância construída sobre a realidade histórica”. Uma ficção ideológica em torno de algo que não tem sustentação no passado.
Uma miserável vingança contra as portas que Abril abriu…
No Parlamento ouviram-se os maiores dislates, uma tentativa de revisionismo histórico sem pés nem cabeça, um desconhecimento crasso sobre o que se passou há meio século, o que não admira em políticos medíocres que não leem, não se informam, não saem da bolha mediática que eles próprios criam e alimentam, para consumo de legiões de ignorantes das mais diversas formações.
À falta de melhor, viram-se as palhaçadas de Ventura, para um vídeo no tiktok, para gáudio das suas clientelas desmemoriadas.
Tudo porque a direita e a extrema-direita, digam o que disserem, não têm a mínima intervenção no 25 de Novembro, não têm uma narrativa de pertença a algo que tenham feito e o que fazem é manipular o que outros fizeram, com enormes sacrifícios e riscos, apropriando-se assim ilegitimamente da acção política e militar alheia.
Comemoram, assim, um 25 de Novembro que não existiu!!!
Uma “mistificação política”, como lhe chama Pacheco Pereira, apontando certeiramente “a necessidade de falsear a história para se ter uma “história” legitimadora do poder”.
Porque no Verão Quente de 1975 a direita acobertava-se cobardemente no guarda-chuva de Mário Soares e do Partido Socialista,........





















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