Até quando vamos ignorar a adolescência?
JOAQUIN GONZALEZ-ALEMAN, representante do Unicef no Brasil e RAULL SANTIAGO, empreendedor e cofundador do Instituto Papo Reto
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Vinte e oito de outubro de 2025: Enquanto os tiros ecoavam, crianças se escondiam, famílias se trancavam e o medo tomava os complexos do Alemão e da Penha. Horas depois, uma mãe se ajoelhou diante do corpo do filho e seu choro atravessou o silêncio imposto à comunidade. Nada é mais devastador do que o pranto de quem perde um filho jovem.
A verdade é que, muitas vezes, a trajetória desse adolescente havia sido interrompida antes do disparo. Enquanto sociedade, já o tínhamos perdido quando a política pública não o alcançou. Quando a escola fechou e não havia vaga em curso, nem renda em casa. Quando se decidiu que adolescentes de favelas são problema, não possibilidades.
O que aconteceu há um mês no Rio de Janeiro não é um fato isolado. É mais um marco da ineficiência de um modelo de segurança pública não protetivo que se apresenta como enfrentamento, mas que, na prática, é abandono armado. É uma estratégia que se repete sem produzir o que promete: menos controle de grupos armados e mais sensação de segurança.
No meio desse pacto de........





















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