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Rui PatrícioJornal i |
Factos são factos, opiniões são opiniões. E colocar a opinião antes de sabermos os factos é um erro, é uma enorme precipitação.
A preocupação parece ser com a melhor justiça para os ricos, por terem mais meios, não parece ser com a pior justiça para pobres, por terem menos...
Se é sobre saúde menstrual, é natural que seja sobre pessoas (o universo da DGS) que menstruam (o tema do inquérito).
Hoje, não só os cientistas do asfalto não desapareceram, como o seu modo de saber e de argumentar foi contaminando outras áreas da vida.
E a confusão, já se sabe, é a melhor amiga do ‘princípio de Lampedusa’, que ensina que é preciso mudar para que tudo fique na mesma.
Cá estamos, pois, outra vez a adorar o bezerrinho de ouro que nos vai salvar da corja.
O Dr. Batalha e tutti quanti talvez um dia também sofram da perplexidade da Senhora provedora de Justiça.
É precisa muita gritaria (e escândalos, escândalos é que está a dar), para que tudo fique na mesma.
Fosse hoje viva Maria Lamas, e ainda teria muito por onde cartografar trabalho invisível – tão duro quanto essencial.
Queremos nós lá saber acerca da economia, da habitação, da saúde, da educação, da Europa, do Mundo, da segurança, da defesa, das liberdades,...
À justiça o que é da justiça no sentido da autonomia, isso sim, está muito bem, e cá me têm na primeira linha de defesa disso.