Democracia em risco: o radicalismo à porta de Portugal
A paisagem política nacional sofreu uma reconfiguração profunda na última década, e o reflexo mais visível dessa transformação manifesta-se nas recentes sondagens sobre as presidenciais de 2026. Em alguns desses barómetros, André Ventura, líder do Chega, surge momentaneamente destacado na primeira volta. Esse avanço, apoiado em discursos inflamados e soluções de aparência sedutora, não exprime uma adesão consolidada ao seu projecto nem valida a coerência das suas promessas. Revela, antes, a capacidade das narrativas populistas para ocupar o espaço vazio deixado pela frustração social — espaço conquistado com estridência, mas raramente preservado quando confrontado com o rigor institucional.
Ventura edificou a sua progressão política mobilizando antagonismos artificiais: eleva diferenças legítimas ao estatuto de ameaça, converte cidadãos em símbolos de decadência e reduz problemas complexos a slogans punitivos. A sua proposta, quando sujeita a avaliação séria, revela inconsistências estruturais e um vazio de soluções que exige maturidade governativa e compromisso democrático.
É simples erguer minorias como inimigo........





















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