Inês é morta
Inês é morta… E, como tal, de pouco serve chorar sobre o leite derramado.
Declaração de interesses para que não haja dúvidas: sou e serei de esquerda. Acredito na democracia, na igualdade de oportunidades, independentemente da religião, nacionalidade, etnia ou orientação sexual.
Dito isto estou, naturalmente, desgostosa com o resultado das últimas eleições, por todas as razões já apontadas e ainda esta: temo que as políticas migratórias no nosso País regridam e aumente a violência contra os estrangeiros e a xenofobia.
Mas, ao contrário do que vejo e ouço, não me parece que declarar e vociferar contra o tal partido que NUNCA (escrevi-o logo na altura) devia ter sido aceite, porquanto na minha opinião vai contra o artigo da Constituição que afirma não serem permitidos partidos fascistas, mais não faz que lhe dar força e poder e empurrar o pouco que resta da direita democrática para os braços do extremismo.
Por muito que me ou nos custe, não podemos ignorar a vontade de um milhão de pessoas. Tão pouco creio que sejam todas fascistas ou protofascistas, como alguém apelidou o dito partido, ou mesmo ignorantes, para não usar o epíteto pior que vem sendo usado o nas redes sociais. Não! Aquele milhão de votos é um grito de indignação, de protesto contra as políticas que têm vindo a ser seguidas pelos dois grandes partidos do espectro político vigente e que se baseiam num........
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