As coisas boas do autismo
O mês de conscientização sobre o autismo acaba neste dia 30, então aproveito a oportunidade para encerrar o período falando do que poucos sabem: que há coisas lindas na maneira como nós, canhotos mentais, vemos e vivenciamos o mundo.
Discussões, notícias e reflexões pensadas para mulheres
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Do alto dos meus cinquenta (e um) anos de experiência com o assunto, dos quais cinco como neurocientista sabidamente autista e se divertindo pensando nisso, cheguei a algumas conclusões —que, notem, especialmente para uma cientista, devem ser tomadas não como verdades absolutas, mas como hipóteses de trabalho até que sejam comprovadas.
Minha conclusão central é que o autismo e tudo o que vem com ele começa com representações cerebrais extremadas, tanto do mundo quanto dos próprios processos mentais: cada modalidade ou é muito, ou é muito pouco. Faz ainda mais sentido agora que entendi que o cérebro trabalha no limite da sua capacidade energética; então, se algum processo chupa mais recursos para si, é à custa de sobrar menos para os outros. Nesse cabo de guerra por energia, as modalidades que funcionam para mais fazem isso deixando sobrar menos para as outras.
O foco do que........
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