Um revólver com seis balas no tambor
Foi outro dia, eu vi. Um bebê de menos de um ano, sentado no chão, pegou um controle remoto de televisão sobrando por ali. Sem piscar, começou a apertar os botões e a acompanhar as mudanças de imagens na tela, como se já soubesse o seu uso. Depois, num aeroporto, flagrei um garoto brincando de joguinhos num smartphone —tudo bem, só que a bordo de um carrinho empurrado pela mãe. E já ouvi falar de outro que, quando lhe deram um ursinho de pelúcia, ficou procurando as teclas. Talvez tais capacidades já estejam embutidas nas crianças ao nascer. Talvez as aprendam no próprio útero, já que suas mães, lá fora, não passam um minuto sem o aparelho. Será isso?
Antes que me acusem de primata antitecnológico, informo que essa preocupação não é minha. É do psicólogo americano Jonathan Haidt, autor do livro "A Geração Ansiosa", recém-lançado pela Companhia das........
© UOL
visit website