Como nascimento de filhos, maratonas são marcos de vida
Para uma geração que vai entrada em anos, alguns dos grandes marcadores de tempo são as Copas do Mundo, a música que tocava insistentemente nas FMs com a chegada do verão e, claro, os nascimentos e mortes na família.
Mesmo mais velho, eu poderia ser o menino para quem o mundo caiu na famosíssima capa sem palavras do Jornal da Tarde. Logo depois do 2 x 3, fui sozinho jogar meu Três Dentro, Três Fora e, naquele beco atrás do escadão nas Perdizes, não tirava da cabeça a ideia de que, quatro anos depois, aos 19 anos, eu já não estaria mais interessado em futebol (ah, tá!).
O tetra tinha que ter vindo em 1982. Fim de papo.
A música do verão que me vem rápido à cabeça já é mais temporã: a da Marina, da "bundinha de fora", trilha incidental de uma viagem ao Rio de moto, a xizelona vermelha, um clima "Vital e sua moto" que nem o Revéillon flopado numa mansão da Barra de uma ex do Wando conseguiu aguar.
Mas para quem corre, e pior, torna-se maratonista, sujeitando-se a esse fetiche dos fetiches que é completar uma prova de 42 km, um novo marcador de tempo vem de brinde.
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Exceto talvez para malucos com a contabilidade de maratonas de um Nilson Lima, com suas 357, ou, vai, o Lula Holanda, fundador da Acorja, o grande grupo de corrida do Recife (137), que precisa ter uma........
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