A rolinha do Mario Prata
Já vou logo avisando para não decepcionar depois: o título desse texto não se refere à ave que os homens levam engaiolada atrás do zíper. Posto isso, vamos aos fatos. Esses dias saí para tomar uma cerveja com meu amigo Mario Prata. Nos conhecemos em torno da pandemia, quando ele leu um dos meus romances e me procurou para comentá-lo. Desde então, trocamos um texto aqui, uma fofoca ali, um telefonema acolá. E, vez ou outra, Mario sugere que em minhas colunas eu me atenha à crônica, gênero que trata de situações corriqueiras e que ele teme que esteja sumindo.
Não é só comigo. Como alguns sabem, quando meu colega Antonio Prata sai um pouco desse gênero, atacando de comentarista político ou prosa que o valha, seu pai —a quem chamo de Pratão, para diferenciar do Pratinha— manda para ele um email sucinto, em tom de lembrete, contendo uma única palavra: crônica.
No dia em que fomos tomar aquela cerveja, Mario também me enviou verbalmente esse email, dando a entender que eu deveria focar no gênero para o qual mais tenho talento. Para justificar minhas digressões temáticas e estilísticas, lembrei da frase já clássica: quero escrever crônica, mas o Brasil não deixa.........
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