Entidades da advocacia lançam manifesto pela igualdade de gênero
Sob o título "Uma caminhada para a civilidade: manifesto em apoio à busca pela equidade de gênero nos espaços de poder jurídico", entidades da advocacia publicaram manifesto de apoio à maior participação feminina nas carreiras jurídicas.
O documento foi divulgado no dia em que o Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou a promoção da primeira juíza para o cargo de desembargadora, pela regra de gênero: Maria de Fátima dos Santos Gomes.
A iniciativa foi liderada pela AASP (Associação dos Advogados).
"Embora a AASP há algum tempo venha já colocando em prática essa igualdade em seu conselho, em sua diretoria, essa não é uma realidade no mundo jurídico", afirma Clarisse Frechiani Lara Leite, diretora Cultural da associação.
"O Brasil ocupa o vergonhoso quinto lugar entre os países com maior número de feminicídios, esse número só aumenta. Há uma relação inegável entre a falta de representatividade e a violência que é sofrida pelas mulheres diariamente. A mulher precisa ter um papel importante no meio jurídico e a hora é agora", diz.
As entidades ora subscritas, representantes de profissionais do mundo jurídico, manifestam seu apoio e seu compromisso para com a promoção da diversidade de gênero nos espaços de poder.
Como amplamente reconhecido, "os direitos das mulheres são parte essencial da agenda dos direitos humanos, baseada na dignidade e na habilidade de viver em liberdade de que todas as pessoas deveriam gozar". [Ruth Barder Ginsburg, in Tribute: The Legacy of Ruth Bader Ginsburg and WRP Staff, ACLU]
A tradição discriminatória cultivada por séculos em nossa sociedade – que até tempos recentes não permitia às mulheres desfrutar dos mesmos direitos, exercer as mesmas profissões e atuar como seres humanos tão autônomos como os homens – não desaparece contudo com a mera enunciação de princípios.
A........© UOL
visit website