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Entra ano, sai ano e ainda guardo a velha coleção de CDs

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31.12.2023

Minha casa ainda tem prateleiras preenchidas por CDs. Quando se aproxima o Ano Novo, volta aquele propósito de exercitar o desapego, pegar todos eles e vender por alguns centavos o quilo, para que o espaço possa ser aproveitado por novos ocupantes, talvez uma coleção de livros e partituras em braille.

Afinal, caso decidisse escutar algo da coleção, provavelmente teria de Pedir que alguém lesse a capa de cada um dos álbuns para mim até que eu encontrasse algum que me interessasse. Outra solução seria pegar eu mesmo o celular e ir fotografando a capa de um por um, para que um dos aplicativos de reconhecimento de imagens me informasse o que tenho em mãos.

Naturalmente, a opção de abrir um serviço de streaming, que geralmente tem acessibilidade para pessoas com deficiência visual, é mais prática. Com isso, já são anos que meu aparelho de som serve apenas para acumular bagunça e poeira por cima dele.

As tentativas de diminuir o acúmulo de inutilidades remontam ao começo da década passada, quando eu já não comprava mais discos, mas vez por outra ainda ganhava um como brinde por assinatura de alguma revista de música ou presente de Natal, itens que seguem até hoje embalados como recebi, como se fossem item de colecionador.

Nunca há muito sucesso na arrumação. Examino os discos um a um para separá-los em dois grupos: os que vão e os que ficam.Aí chega ao primeiro disco do Caetano que pedi para meus pais porque queria ouvir "O Leãozinho" e "Sampa", canções apresentadas pela professora da quarta série. A coleção da Legião urbana da adolescência, os discos de heavy metal da minha fase guitarrista, a coleção da........

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