Os problemas do emagrecimento à custa de drogas
Quando nossos antepassados mais próximos desceram das árvores, nas savanas da Etiópia, encontraram a fome em toda a parte. Essa realidade se manteve por milhões de anos.
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Naqueles tempos, na disputa com outros carnívoros por carcaças de animais mortos, nosso metabolismo aprendeu a não desperdiçar energia e a transformar em reserva de gordura todas as calorias ingeridas em excesso. Os que nasceram sem essa capacidade foram eliminados pela seleção natural.
À custa de malabarismos metabólicos, nossa espécie conseguiu chegar à segunda metade do século 20, época a partir da qual os avanços da tecnologia permitiram assegurar alimentos de boa qualidade, para grandes massas populacionais. Um animal descendente dos que sobreviveram às pandemias de fome, não estava preparado para viver na fartura.
O despreparo se revelou em três comportamentos principais: a preferência por alimentos altamente calóricos, a capacidade de ingerir mais calorias do que o necessário e a preguiça para andar num mundo que conspira a favor do sedentarismo.
Não poderia dar certo. A obesidade se tornou a condição crônica mais prevalente do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existe 1 bilhão de habitantes com peso excessivo, 500 milhões dos quais caem na faixa da obesidade.
No Brasil, 57% da população........
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