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Foi bom pra você?

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22.09.2024

No início eu estava um pouco tensa. Ainda amanhecia. Ele me fez acordar mais cedo do que o usual, roubando o espaço da minha preguiça matinal que eu tanto preciso para funcionar. Eu sentia fome, queria mesmo era tomar logo o café da manhã e começar o dia com tantas tarefas que tinha pela frente. Olho para ele com impaciência, não consigo disfarçar o incômodo. Ele percebe, mas, sabendo exatamente o que queria de mim, não desiste. Com segurança e uma voz calma e suave ele pede, olho no olho: "Relaxa, confia em mim, esquece da vida e deixa que eu cuido de tudo".

Aos poucos, sua habilidade vai vencendo minha resistência. Ele encosta no meu braço, depois segura firme a minha mão, sempre com muita delicadeza e respeito, enquanto tenta ganhar a minha confiança. Me faz algumas perguntas —me ouve de verdade, coisa rara— e fala um pouco sobre ele. Depois de uma conversa, não lembro direito sobre o quê, tudo começa. Uma entorpecência entra nas minhas veias e uma moleza vai tomando conta de mim, até eu não saber mais onde estou.

Eu quero e não quero ao mesmo tempo; sinto um desejo e uma hesitação. O peso da consciência insiste, mas a leveza me puxa com........

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