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Os compadrios como cortina de fumo

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18.12.2024

Há dias, João Miguel Tavares dedicou um primeiro texto à controvérsia em que me vi envolvido pelas declarações estapafúrdias feitas, no Parlamento, pela atual ministra da Cultura. Agradeço os elogios que faz à “energia e desejo de mudança” que imprimi à pasta nos dois breves anos em que a ocupei, e agradeço também as críticas, porque me dão oportunidade para dizer alguma coisa sobre o meu trabalho.

Em Portugal, o setor da cultura tem sido marcado pela instabilidade institucional e pela falta de recursos, mas também por grande dinamismo; nessa medida, ele é quase um espelho das debilidades e forças da nossa sociedade. Reduzir os problemas a “compadrio” e “subsidiodependência” significa desconhecer por inteiro a atividade artística e as regras a que o seu financiamento obedece. Ainda assim, se há aspeto em que tive tempo de dar passos concretos, foi no sentido de emancipar o setor de escolhas que........

© PÚBLICO


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