Quando a avaliação psicológica é julgada fora da ciência
A psicologia não é uma opinião. A avaliação psicológica não é um palpite. Mas é precisamente essa imagem que começa a querer instalar-se quando um processo técnico, complexo e eticamente regulado é escrutinado publicamente através da exposição isolada de itens, da suspeição genérica sobre métodos científicos e da desconfiança lançada sobre profissionais cuja atuação se rege por normas claras, exigentes e publicamente reconhecidas.
Recentemente, emergiu no debate público a contestação a processos de avaliação psicológica em contextos de elevada responsabilidade institucional. Não me cabe neste contexto discutir casos concretos, pessoas envolvidas ou decisões específicas; não seria ética nem deontologicamente aceitável fazê-lo. O que me motiva para esta escrita é a forma errada que está a ser escolhida para questionar um processo de avaliação psicológica e os riscos graves que isso acarreta para a Psicologia, para as instituições e, sobretudo, para as pessoas.
A avaliação psicológica é, por definição, um ato científico, técnico e ético, exclusivo dos psicólogos, distintivo da autonomia da profissão e sustentado em formação especializada, treino rigoroso e evidência empírica acumulada. Esta afirmação não resulta de uma........





















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