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Museu do Pão: o pão e a ovelha da Serra da Estrela

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António Quaresma, natural de Santa Marinha, concelho de Seia, era professor de História e lecionava em Lisboa. Sempre que vinha à terra natal, pediam-lhe broa, pão, enchidos. O professor aproveitava para garantir um rendimento extra. "As coisas correram tão bem que criou um museu para enaltecer aquilo que tanto de bom lhe tinha trazido e à sua família", explica Graça Reis, diretora do Museu do Pão.

Mas a visão do historiador fez com que o projeto fosse além do regional. É o pão a nível nacional que aqui é enaltecido, não apenas o da região. O pão nas suas diversas vertentes: como alimento físico, mas também como sustento espiritual e inspiração artística. Uma ode ao pão.

Cheira a fumo. A lenha já arde no forno. Da chaminé, sai fumo negro. Daqui a pouco, pão fresquinho.

Oiço vozes de crianças entusiasmadas.

"Vem muita gente visitar-nos. E é muito interessante ver a partilha dos mais velhos com os mais novos, a explicar as tarefas do campo, as ferramentas, como era no seu tempo", desenvolve Graça.

Trazem-se as pessoas de volta às raízes, valoriza-se o trabalho do agricultor, do moleiro e do padeiro. E desvenda-se o percurso completo do pão: o grão, a colheita, o calor do forno, a massa, o alimento quente que acabo de provar.

"É uma dádiva contar às crianças a história do........

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