Administração Hospitalar no SNS: a autoridade que falta
Soube-se por estes dias que, no âmbito das averiguações ao caso da ULS de Santa Maria, uma administradora hospitalar terá alertado para problemas ligados à produção adicional e que esse alerta foi desvalorizado — ou mesmo desautorizado — pela direção de serviço e pela direção clínica.
Sem antecipar conclusões sobre um processo que ainda decorre, este episódio merece uma reflexão mais ampla. Obriga-nos a pensar no modelo de gestão que temos vindo a construir no Serviço Nacional de Saúde e, em particular, no lugar que a Administração Hospitalar ocupa hoje nas ULS portuguesas.
A Administração Hospitalar é uma peça-chave no funcionamento dos hospitais. São os administradores hospitalares que, no dia a dia, transformam orientações estratégicas em decisões concretas: organizam equipas, distribuem recursos, respondem a picos de procura, acompanham listas de espera, gerem riscos. Estão suficientemente próximos do terreno para conhecerem os problemas reais e, ao mesmo tempo, integrados nas estruturas de decisão para poderem agir sobre eles.
Quando um alerta técnico, sustentado, feito por quem tem responsabilidades diretas na gestão é ignorado ou desautorizado, o problema não é apenas daquele caso em concreto. Está em causa a credibilidade de todo um nível de........





















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