O etéreo, ilusivo, “votante pouco informado”
Recentemente, autores e investigadores de ciência política têm renomeado algumas tendências observadas, desde sempre, em eleitorados. Um dos exemplos atuais é votar por trepidação. Qualquer tradução que possa ser feita da palavra inglês não faz jus ao original, vibes. Este é o eleitor que tem um pressentimento, uma impressão. Pode ter toda a informação necessária para tomar uma decisão consciente, mas prefere seguir a sua intuição. O número de crimes diminui? Sim, mas não parece dessa maneira. A inflação baixou? Sim, mas não se sente. As instituições são resilientes? Sim, mas parece que estão a colapsar. Numa era onde todos acreditam ter toda a informação que precisam, e muitos estendem isso até entrarem no Efeito Dunning-Kruger (pessoas com capacidades limitadas acham que sabem mais do que os outros), o votar por vibes está para ficar.
Porém, outro conceito contemporâneo, que novamente, sempre esteve connosco desde que os processos democráticos se consolidaram, é o votante pouco informado. Este termo foi desenvolvido pelo autor Samuel Popkin, em 1991, no livro The........
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