A sorte dos filhos que chegam a horas
A direção de uma escola em Portugal registou um número anormal de atrasos nos alunos mais novos. Após várias chamadas de atenção aos pais desde o início do ano – incluindo alguns emails escritos sensibilizando para o tema –, decidiu aplicar uma medida que daria 15 minutos de tolerância para o início das aulas – sem marcação de qualquer tipo de falta. 8:45 é a hora de início das aulas. Às 9:00 as crianças são direcionadas para a biblioteca da escola esperando o início da aula seguinte, evitando o distúrbio causado pela entrada a meio da aula.
Quais as consequências da decisão da escola?
Nesta escola, estuda o filho de uma pessoa amiga. A generalidade dos pais e encarregados de educação ficaram estupefactos com a decisão da escola, entendendo que isto prejudica as crianças, e alguns – poucos – assumindo que a responsabilidade é sua. Mas como é que uma criança que é levada à escola pelos pais, pode ser responsabilizada pelo seu atraso? A razão mais comum para estes atrasos que surgiu entre as discussões dos pais, parece ser o trânsito. Ora como se o trânsito – o da manhã, sobretudo – fosse uma exceção nas cidades, e não uma condição de mobilidade habitual, e quase sempre previsível: ou seja, é sempre pior do que se........
© Observador
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