Xi e Trump: “Tu tens os chips, eu tenho as terras raras”
A rivalidade entre os EUA e a China é, há mais de uma década, o eixo central da economia global e da geopolítica mundial. De um lado a atual potência hegemónica que procura preservar o seu estatuto e o controlo dos fluxos tecnológicos e financeiros, e do outro uma potência em ascensão com uma base populacional e educativa que a impulsiona para a liderança global. A história mostra que, quando uma potência emergente cresce mais depressa do que a dominante, o conflito é quase inevitável. É uma guerra comercial e tecnológica centrada na disputa pelo controlo das cadeias estratégicas da economia digital. De um lado estão os chips, o cérebro da era tecnológica e o ‘novo petróleo’ da economia digital, sob domínio americano, e do outro as terras raras, o sangue que alimenta todo esse setor tecnológico, o ‘novo ouro’, e que está concentrado na China. Quem domina os primeiros controla o processamento e a inovação, mas quem controla as segundas detém o acesso à matéria que permite que tudo funcione.
Nos semicondutores, os EUA e os seus aliados mantêm uma vantagem estrutural. As empresas americanas dominam mais de 85% do design global de chips e praticamente todo o software de conceção. A produção mais avançada — abaixo dos cinco nanómetros — está concentrada em Taiwan e na Coreia do Sul, nas mãos da TSMC e da Samsung. Ambas dependem da ASML, a empresa holandesa que produz as únicas máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV) capazes de desenhar circuitos a uma escala de poucos átomos. Sem estas máquinas, é impossível fabricar de forma eficiente chips de três nanómetros ou menos. A China, por decisão política de Washington e Haia, está impedida de aceder a essa........





















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