Jesus não era "palestiniano": ideologia sequestra a História
Todos os anos, por esta altura, assistimos a um ritual curioso. Não me refiro à troca de presentes ou à Missa do Galo, mas à tentativa sazonal de rebatizar Jesus de Nazaré. Nas redes sociais e em certos discursos políticos, a figura central do Cristianismo é apresentada como um “refugiado palestiniano”, um “revolucionário anticolonial” ou, mais recentemente, um homem negro.
Estas afirmações, embora politicamente rentáveis para certas narrativas contemporâneas, esbarram num obstáculo inegociável: a História. E a História é teimosa.
Vamos aos factos, despidos de paixões ideológicas. Jesus nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como judeu. Nasceu em Belém, na Judeia, e cresceu em Nazaré, na Galileia. Naquele tempo, não existia nenhuma entidade política, administrativa ou cultural chamada “Palestina”. A região estava sob ocupação romana, dividida em províncias e reinos clientelares (como a Judeia, Galileia, Samaria).
“Há, aliás, uma prova forense que encerra qualquer dúvida, gravada no momento mais agudo da sua biografia. Quando Jesus foi executado, a autoridade romana, Pôncio Pilatos, mandou pregar na cruz a causa da sua condenação. Não escreveu ‘agitador da Palestina’ ou........





















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