Vigiar e punir no bolso: o smartphone no banco dos réus
Imagine que o Estado, ao investigar uma suspeita de crime na empresa onde trabalha, decide que tem o direito de “descarregar” tudo o que está no seu telemóvel: as suas conversas privadas, o seu histórico de saúde, as fotos de família e por aí fora. No mundo moderno, o smartphone deixou de ser um simples gadget para se tornar uma autêntica “prótese” da nossa memória e uma extensão da nossa própria personalidade. Por isso, a pergunta impõe-se: pode a polícia ler tudo o que lá está só porque o aparelho foi apreendido numa busca a uma empresa?
A justiça ainda tenta, por vezes, tratar o telemóvel como se fosse uma pasta de documentos ou uma mala de viagem. É um erro grosseiro. Diferente de um arquivo físico, o telemóvel em contexto laboral é um repositório de “dados mistos” – onde o “eu” profissional e o “eu” pessoal vivem colados um ao outro.
O facto de o aparelho ser da empresa ou........





















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